Ponto Comercial, Obras e Equipe: Os 3 Maiores Desafios ao Abrir sua Franquia

Abrir uma franquia é o sonho de muitos empreendedores brasileiros. A promessa de um modelo de negócio testado, uma marca consolidada e o suporte de uma franqueadora experiente torna esse caminho aparentemente mais seguro do que começar do zero. E, de fato, pode ser – mas há uma verdade inconveniente que poucos mencionam na hora da venda: o sucesso da sua franquia não se define no momento em que você assina o contrato. Ele se define na implantação.

Entre a assinatura e a inauguração existe um “gap crítico” onde a maioria dos franqueados – especialmente os de primeira viagem – comete erros caros e, muitas vezes, irreversíveis. Depois de três décadas acompanhando esse mercado de perto, posso afirmar: é nesse período que você pode ganhar ou perder o jogo. E os maiores obstáculos se concentram em três pilares fundamentais: Ponto Comercial, Obras e Equipe.

Desafio 1: O Ponto Comercial – Onde 70% do Sucesso é Definido

Vou ser direto: um ponto comercial ruim é o erro mais caro que você pode cometer. E, ao contrário de uma obra que atrasa ou uma equipe que pode ser treinada, um ponto mal escolhido não tem conserto. Você estará preso a ele por anos, pagando aluguel e amargando baixo movimento.

O problema é que muitos franqueados (e até consultores) confiam demais em análises remotas. Sim, os dados de geomarketing são úteis – mapas de calor, análise de renda, concorrência, tudo isso importa. Mas dados sozinhos contam apenas metade da história. Eu já vi pontos “perfeitos no papel” que, na prática, eram um desastre: pedestres que não param, vizinhança hostil, shoppings com circulação morta em determinados corredores.

A verdade é que você precisa estar lá, in loco. Sentir o fluxo de pedestres em diferentes horários. Conversar olho no olho com a administração do shopping. Entender a “vibe” da rua, os hábitos do público local. Negociar condições de aluguel com firmeza, sabendo exatamente o que aquele ponto vale. Depois de 30 anos rodando o Brasil inteiro, posso dizer que desenvolvi um “mapa mental” dos mercados – e esse conhecimento prático não cabe em nenhuma planilha.

Um erro aqui pode custar entre R$ 50 mil e R$ 100 mil em prejuízos antes mesmo de você vender o primeiro produto.

Desafio 2: A Obra – Onde o Orçamento Estoura

Se o ponto comercial é o coração do negócio, a obra é onde a maioria dos franqueados perde o sono – e o dinheiro. Imagine a cena: você, empreendedor de primeira viagem, lidando com arquitetos, fornecedores, prazos apertados, licenças da prefeitura, corpo de bombeiros, vigilância sanitária (se for Food Service, multiplique a complexidade por três), e ainda tentando garantir que tudo siga o padrão visual da franqueadora.

É muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. E aqui está o problema: o arquiteto projeta, mas não gerencia a obra no dia a dia. Quem vai fiscalizar se o fornecedor de equipamentos atrasou? Quem vai garantir que a instalação elétrica suporta a cozinha industrial? Quem vai correr atrás das licenças enquanto você ainda está tentando fechar a equipe?

Sem uma gestão de projeto “hands-on”, presente fisicamente no canteiro de obras, o resultado é sempre o mesmo: atrasos, estouro de orçamento e uma inauguração que parece um milagre quando finalmente acontece. E no segmento de alimentação, onde uma tubulação de gás mal dimensionada ou um sistema de exaustão fora das normas pode paralisar tudo, essa falta de acompanhamento técnico pode ser fatal.

Desafio 3: A Equipe – O Motor da Operação

Aqui está um erro clássico: deixar a contratação da equipe para a última hora. “Ah, a gente contrata na semana antes de abrir.” Errado. A inauguração é o momento mais crítico do seu negócio – é quando você precisa causar a melhor primeira impressão possível. E você vai fazer isso com uma equipe que mal conhece os processos da franqueadora?

Encontrar o perfil correto de profissionais, especialmente para Food Service (cozinheiros, atendentes, gerente operacional), já é desafiador. Mas treinar essa equipe, alinhá-la com os padrões de qualidade e atendimento da marca, e garantir que todos estejam prontos para a pressão do primeiro dia – isso leva tempo. Um onboarding bem estruturado não é luxo; é o mínimo necessário para você não inaugurar no improviso.

A Solução Está na Execução

Recapitulando: um ponto mal escolhido define o fracasso antes de você começar. Uma obra mal gerenciada estoura o orçamento e atrasa a inauguração. Uma equipe mal treinada compromete a experiência do cliente desde o primeiro dia. E o pior: esses três desafios estão interligados. Um atraso na obra afeta a contratação da equipe. Um ponto inadequado exige adaptações custosas no projeto.

A boa notícia? Você não precisa passar por isso sozinho. E, francamente, não deveria. O que separa uma inauguração tranquila de um pesadelo operacional é simples: experiência prática, presença física e gestão “hands-on” durante todo o processo.

É para isso que existimos. Com mais de 30 anos atuando como o braço operacional de franqueados e franqueadoras – especialmente no segmento mais complexo, o Food Service – nossa missão é garantir que sua unidade inaugure no prazo, no padrão e no orçamento. Nós vamos a campo, analisamos in loco, gerenciamos cada etapa e resolvemos os problemas antes que eles se tornem prejuízos.

Porque, no final das contas, a tranquilidade do franqueado é o nosso negócio.

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